Sábado pela manhã, saímos de São Paulo em direção à Cerquilho, eu, minha amiga e a mãe dela. Não sabia o que esperar da viagem, pois não tinha noção de como era o lugar e nem quais pessoas encontraria por lá, também não fiz questão de imaginar. No caminho de ida fomos ouvindo CDs e cantando as músicas em voz alta. Cerquilho é um pouco depois de Sorocaba, então a duração da nossa viagem de carro foi de mais ou menos 2 horas.
Quando chegamos na cidade, logo vi a gritante diferença, entre a capital estressante e a pacata cidade do interior. Tudo tão calmo, sem trânsito nem prédios, com um ar transparente e respirável. Fiquei encantada com a delicadeza dos detalhes. Depois de estacionarmos o carro na frente da loja da tia da mãe da minha amiga (hahaha que confusão!), fomos dar uma volta na pracinha para conhecer a cidade, a qual é bem parecida com as cidades do interior que aparecem nas novelas. Casinhas pequenas, bem arrumadinhas, uma igreja localizada na praça central, botiquins de esquina, mercearias (etc...), tudo bem típico.
Fizemos compras, para o almoço, no mercadinho e na frutaria. E então fomos para a chácara - o que levou 10 minutos. Ao chegar lá, tive a oportunidade de apreciar a linda paisagem, que ficou ainda mais bonita devido ao lindo dia de sol e céu azul que fazia.
A família, ou melhor, os primos iam chegando, pareceu-me que a cidade toda era aparentada com a mãe da minha amiga- claro que isso é um exagero da minha parte- e acomodando-se. O almoço feito por mãos santas, mãos italianas perfeitas para cozinhar um almoço dos deuses, estava maravilhoso - macarrão cabelo de anjo ao molho vermelho, carne moída com especiarias secretas, uma salada de rúcula, tomate e cebola - muito bom né?! O almoço, na verdade, estendeu-se até a noite com um churrasco e um pacu na brasa - pescado, naquele dia, no tanque por um dos primos. Passamos o dia comendo delícias, ouvindo música- na maior parte do tempo sertaneja -e jogando volêi no campinho. Demos muitas risadas e ouvimos muitas histórias de pescador. Depois de jogarmos mais de duas horas de volêi, com o céu ainda claro -mesmo às 20h - tomamos um delicioso suco de abacaxi, eu comi manga e o pessoal continuou com o churrasco. Só paramos de jogar porque os nossos braços já estavam estourados, se fosse pela vontade, só pararíamos de madrugada.
A mulherada, então, decidiu ir tomar banho para depois assitir a novela que estava pegando fogo.
Após a sessão "novela das oito", fomos até a cidade pegar o líquido da lente, que uma das primas havia esquecido na casa da sogra.
Quando voltamos os primos ainda estavam na churrasqueira. Um deles disse que tinha acabado de fazer e comer ovo assado no ESPETO!!! Querido leitor, você deve estar se perguntando como se faz um ovo no espeto, e mais, você deve estar pensando que isso é impossível, né?! Eu também achei um absurdo, e disse que só acreditava vendo. Pois bem, o primo pediu para pegarem ovos que ele faria a mágica de colocar um ovo no espeto da churrasqueira sem quebrar. E não é que o danado conseguiu! O segredo eu não posso contar, mas o que posso afirmar é que é muito bom.
Depois de ceiarmos um churrasquinho de ovo no espeto, fomos assistir o filme " JUMPER". Não tinha dado nem 20 minutos de filme e só restava a minha amiga no sofá- o resto já tinha capotado.
No Domingo, acordei por volta das 11 horas, tomei café e logo em seguida a minha amiga acordou. Dei 'Bom Dia' para todos - que por sinal tinham acordado muito cedo, eu acho que é costume no interior, acordar com o canto da galo - e percebi que havia chegado mais primos e primas - tive certeza de que a cidade inteira é aparentada com a mãe da minha amiga.
Depois começou a loucura de preparar o almoço, muitas louças para serem lavadas e enxugadas, verduras e legumes para serem cortados, colocar a mesa, e finalmente, comer- novamente- um almoço dos deuses - arroz com vagem e cenoura, churrasco, pacu na brasa, salada de rúcula, cebola, alface e tomate temperado, ficou com aguá na boca, né?!
Ah, isso sem falar na sobremesa, torta de limão, bolo de laranja, torta de maçã, e muitas frutas deliciosas - eu comi manga, pra variar um pouco hahaha - êta coisa boa!
Após a comilança, montaram a mesa de ping-pong. Os primos fizeram uma disputa, Rafael Nadal de uma lado e Roger Federer do outro - jogo com direito a narração em espanhol e torcida hóstil- as partidas foram muito emocionantes, mas quem acabou levando a melhor foi o imbatível primo "Rafael Nadal".
Depois desse jogo disputadíssimo, eu e minha amiga jogamos um pouco- só por distração- até que ela não quis mais, e então eu continuei a jogar com um dos primos -aquele que fazia o papel do Roger Federer.
Aí chegou a parte triste, ter que ir embora =/. Nos despedimos da família e voltamos para casa.
O sentimento que ficou foi de saudade, conheci pessoas maravilhosas, muito gentis e acolhedoras, que me fizeram sentir em casa e ficar muito à vontade.
Sou muito grata à minha amiga que lembrou-se de mim e proporcionou-me uma das melhores viagens que já fiz.
Obrigada querida amiga! Te amo muito!
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