Os produtos no supermercado são rotulados pois serão comprados por pessoas que têm o direito de saber o que irão consumir. Refrigerantes, água, bolachas, pães, bolos, salsichas, pipoca etc tudo isso é rotulado, mas nós não nos bastamos apenas em rotular objetos. Nós temos infelizmente temos o costume de colocar rótulos nas pessoas e assim, ao adjetivarmos outrém, o julgamos como se tivessemos esse direito. E rotulamos os outros para negar aquilo que não queremos para nós. Porém, acredito eu que todos possamos fazer escolhas nessa vida, há caminhos escolhidos que são o certo para alguns e há trilhas que são erradas para outros, e vice-versa. Mas quem sou eu? Quem é você? Quem somos nós para rotularmos as pessoas baseados em pequenas ações que podem ter acontecido num momento de impulso, ou então, em grandes ações que foram completamente planejadas e realizadas com plena consciência?
Por que nós achamos que uma gargalhada à mais ou um sorriso à menos pode definir alguém assim de primeira instância? Por mais que passemos uma vida toda ao lado de alguém, nós nunca conheceremos quem está do nosso lado. E isso por duas razões: primeira, o ser humano é uma inconstância em constante mudança; e segunda, nós mesmos somos pegos de surpresa com nossas ações por puro auto-desconhecimento.
E por isso a minha dúvida permanece: pra quê rótulos?
Para projetar em outrem o que eu não quero para mim. A projeção é uma das armas mortíferas, e surge pelo desconhecimento que temos de nós mesmos...
ResponderExcluirCá, você precisa ler a Valsa N° 6, de Nelson Rodrigues...