quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Contos - O Retorno

Ela continuava sem conseguir entender a si mesma, pois tudo estava indo muito bem até que ela percebeu que estava sozinha. Ela se deu conta de que o tempo passou e ela continuou só, sem nenhum homem para amá-la. E então pensou que isso era besteira, que era ser muito egocêntrica, que era querer demais...
Há tempos, ela observa os casais felizes, que esbanjam paixão e companheirismo. São nesses momentos que ela se imagina plena ao lado de alguém. Porém, ela repensa para ver se isso é possível, se isso algum dia irá acontecer; só que ela não tem como saber sobre o que é incerto. E de repente outra ficha cai, pois não há um alguém que seja a razão das suas angústias e o responsável pelo seu sorriso.
Então, ela simplesmente senta e fica estática, sem saber o que fazer. E quando ela decidi pedir ajuda, ela percebe que não há como ninguém ajudá-la, pois o problema está dentro dela.
Mas quem sabe se a razão disso tudo não é o remédio forte que ela está tomando?

2 comentários:

  1. "E de repente outra ficha cai, pois não há um alguém que seja a razão das suas angústias e o responsável pelo seu sorriso."
    Desconfio que a ficha ainda não tenha caído, pois não percebeu: se consegue se angustiar e sorrir sozinha, não precisa de um homem para amá-la. Confesso que é bom e às vezes primordial, mas não necessário. A vida continua sem eles.

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  2. A, dor;
    Você só tem que sobreviver a ela, esperar que ela vá embora sozinha, esperar que a ferida que a causou, sare. Não há soluções, respostas fáceis. Você só respira fundo e espera que ela vá diminuindo. Na maior parte do tempo, a dor pode ser administrada, mas às vezes ela te pega quando você menos espera, te acerta abaixo da cintura e não te deixa levantar. Você tem que lutar através da dor, porque a verdade é que você não consegue escapar dela e a vida sempre te causa mais

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