Enquanto eu dançava com o moço de camisa verde, tu me olhavas. Conversavas com a minha amiga e tornava a me olhar. Quando ela te pergunta para quem olhas com um olhar tão sedutor, disfarças e finges não saber do que se trata. Tu pensas que engana, mas não. Em meio a roda de amigos, haviam risadas instauradas no ar de uma maioria; a minoria que não ria era composta apenas por ti. Fiquei a pensar em como fazer para compreender teus motivos, e percebi que tentei em vão. Decidi por impulso que não esperaria mais. Tomei tua mão e te levei para um espaço tranquilo a fim de que pudessemos conversar. Comecei por esclarecer certas coisas que tanto me incomodavam. Confesso que temi tua reação, tua verdade. Mas foi melhor ter dito do que ter guardado. Tua resposta foi justa e precisa.
-Vou pegar minha mochila.
-E eu a minha bolsa.
Estas foram as últimas palavras daquela conversa.
Nessa hora, ou viraram um pra esquerda e o outro pra direita ou os dois foram juntos pra cama.
ResponderExcluirdepois você me conta.